Quinta edição do boletim informativo do 7º Festeje.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Festeje cria laços entre culturas do Vale
Foto: Mariana Musse
O prefeito da cidade de Jequitinhonha, Roberto Alcântara Botelho, conversou com a equipe do De olho no Festeje e ressaltou a importância de festivais como este para a cidade. Ele aposta na cultura do Vale como principal maneira de trazer mais reconhecimento e a valorização da região.
Qual a importância de Jequitinhonha ser sede do Festeje?
- Toda região do Vale do Jequitinhonha é rica nas diversas formas de manifestação cultural e tem um grande potencial, mas, às vezes, não consegue se mostrar para outras localidades do país. Então, o Festeje veio consolidar, além de uma política pública para o setor, a possibilidade de formação de novos talentos. Um Festival deste porte, que engloba grupos de diversos municípios, possibilita a troca de ideias, o intercâmbio e firma o Vale do Jequitinhonha como um polo cultural.
O que o teatro representa para a cidade de Jequitinhonha?
O que o teatro representa para a cidade de Jequitinhonha?
- Antigamente, não tínhamos esta tradição de teatro na cidade. Acho que um festival deste é importante para que o teatro apareça. A cidade ainda precisa de uma reforma em alguns lugares, pois, na verdade, ainda não tem um local adequado para as apresentações. A criação de uma arena, um palco, num local como UNOBENJE seria importante. Acredito que tendo um lugar próprio para o teatro teremos mais apoio da população que vai começar a entender e a valorizar esta manifestação.
A prefeitura tem algum projeto que busque conservar as tradições e a memória da região?
- Às vezes a nossa cultura é muito conhecida fora, mas na nossa região é pouco valorizada. Na verdade, Jequitinhonha está passando por um bom momento, pois em 2011 vamos comemorar os 200 anos de fundação da cidade. Nas nossas comemorações, entre outras coisas, queremos valorizar a cidade. Acho que é um momento rico que nós estamos vivendo e podemos mostrar para outras regiões que, embora a gente tenha a pobreza, temos algo que pode se transformar na nossa riqueza: o laço forte com as culturas, com as tradições. Temos essa preocupação em perpetuar, de geração para geração, costumes que nossos antepassados tiveram.
Dentro do estado de Minas como você vê a representação do Vale? O que se pode projetar para um futuro próximo em relação ao desenvolvimento da região?
-Eu acho que a cultura talvez seja a única saída para mostrarmos a outra parte do Vale. Quando se fala em Vale do Jequitinhonha só se imagina pobreza, miséria, todo tipo de coisa ruim. Acho que a cultura é a oportunidade que nós temos de mostrar o outro lado. Aqui no Vale temos na música grandes compositores e cantores. A questão do artesanato de barro é riquíssimo. Talvez, só o segmento da cultura é que realmente poderá transpor esta barreira do preconceito ao enxergar a região. Vejo a cultura como um potencial para mostrar a outra face da região que é uma região de contrastes: carente, pobre, mas também com uma riqueza cultural muito grande, uma região bonita, onde o turismo pode ser explorado, nossos costumes, nossa culinária.
A prefeitura tem algum projeto que busque conservar as tradições e a memória da região?
- Às vezes a nossa cultura é muito conhecida fora, mas na nossa região é pouco valorizada. Na verdade, Jequitinhonha está passando por um bom momento, pois em 2011 vamos comemorar os 200 anos de fundação da cidade. Nas nossas comemorações, entre outras coisas, queremos valorizar a cidade. Acho que é um momento rico que nós estamos vivendo e podemos mostrar para outras regiões que, embora a gente tenha a pobreza, temos algo que pode se transformar na nossa riqueza: o laço forte com as culturas, com as tradições. Temos essa preocupação em perpetuar, de geração para geração, costumes que nossos antepassados tiveram.
Dentro do estado de Minas como você vê a representação do Vale? O que se pode projetar para um futuro próximo em relação ao desenvolvimento da região?
-Eu acho que a cultura talvez seja a única saída para mostrarmos a outra parte do Vale. Quando se fala em Vale do Jequitinhonha só se imagina pobreza, miséria, todo tipo de coisa ruim. Acho que a cultura é a oportunidade que nós temos de mostrar o outro lado. Aqui no Vale temos na música grandes compositores e cantores. A questão do artesanato de barro é riquíssimo. Talvez, só o segmento da cultura é que realmente poderá transpor esta barreira do preconceito ao enxergar a região. Vejo a cultura como um potencial para mostrar a outra face da região que é uma região de contrastes: carente, pobre, mas também com uma riqueza cultural muito grande, uma região bonita, onde o turismo pode ser explorado, nossos costumes, nossa culinária.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Encontro marcado
Foto: Sâmia Bechelane
Jequitinhonha é uma cidade que favorece o encontro. Em épocas de Festeje, o cenário mais que nunca atua a favor dos personagens: no centro, um palco grande, largo, bonito. De um lado, rio Jequitinhonha, e mais nada. E nem precisa. Margens verdes, águas e pedras se bastam. Por vezes, pessoas e bicicletas solitárias também tomam parte. De outro lado, abraçando o palco, um bar à beira rio, o restaurante Beira Rio. São dele espectadoras importantes das atrações de cada tarde, cada noite aqui no Festeje: mesas pipocadas de gente, cerveja, tira-gostos e animação pra acompanhar com palmas as músicas e encerrar as peças com as mesmas palmas. Tem ainda lá no fundo uma amendoreira que, timidamente, dos seus dois e tantos metros, oferece abrigo pra quem não quer as mesas. E daí tudo se torna atração.
Por Sâmia Bechelane
"Lembranças do Bonfim" na Praça
Foto: Mariana Musse
Ontem o grupo Ministério de Teatro Anjohs, de Bocaiúva, apresentou-se pela primeira vez no Festeje, na Praça de Eventos. O espetáculo “Lembranças do Bonfim” resgata diversos causos, lendas, fatos e pessoas que fizeram parte da história da cidade, berço da maior festa popular religiosa do estado – A Festa do Senhor do Bonfim. O grupo Anjohs surgiu em 2009, a partir da tradicional encenação da Paixão de Cristo, que acontece todo ano na Semana Santa de Bocaiúva. É formado por 15 jovens, entre atores, músicos e crianças. Cássio Almeida, diretor do espetáculo, comentou que a apresentação no Festeje é uma grande oportunidade de estreitar os laços entre a Bocaiúva e o Vale do Jequitinhonha e possibilitar a troca de experiência entre os diversos grupos de teatro da região.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Semeando memórias
Foto: Mariana Musse
Artistas de todo o Vale - da música ao teatro - vêm mostrando uma incrível capacidade de dizer não ao esquecimento. Por meio de seus espetáculos que resgatam causos e músicas folclóricas da região, eles têm levado sua cultura a pessoas de outros lugares e, ao mesmo tempo, têm estreitado laços entre cidades e pessoas daqui.
Também é empolgante assistir os músicos que se apresentam à noite fazendo canções que falam da vida no Vale, de suas tradições, suas experiências, seu passado... Como já dizia Adélia Prado: "Semente. Muito mais que raízes".
Por Mariana Musse
Também é empolgante assistir os músicos que se apresentam à noite fazendo canções que falam da vida no Vale, de suas tradições, suas experiências, seu passado... Como já dizia Adélia Prado: "Semente. Muito mais que raízes".
Por Mariana Musse
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Abertura oficial
A abertura oficial do Festeje aconteceu neste domingo, 17/01, na Praça de Eventos. Participaram da solenidade organizadores, colaboradores e autoridades locais. Estiveram presentes o presidente da Associação dos Grupos de Teatro do Vale do Jequitinhonha - Agrutevaje -, José Augusto Francisco Pereira; o presidente do Conselho Cultural da Agrutevaje, Nilson Flávio; a secretária da Educação de Jequitinhonha, Iracilda Dias e o coordenador geral do Programa Polo Jequitinhonha/UFMG, Márcio Simeone.
A Banda do Grêmio Cultural Bartolomeu de Almeida Franca foi responsável pela abertura da solenidade. Quem comandou o encerramento das atividades foi o cantor Walter Dias, que encantou a platéia com músicas regionais e populares brasileiras.
Foto: Reinaldo Gomes
Conversa
Foto: Mariana Musse
“Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio”.
Guimarães Rosa
Guimarães Rosa
Chegar pela primeira vez e ter a surpreendente sensação de já ter estado, já ter vivido, já ter sentido aquelas águas. Como se na beira daquele rio fosse possível parar o tempo e ouvir histórias sobre tudo que já aconteceu naquelas margens, de quem já navegou, já embarcou, já mergulhou. Como se o rio tivesse escutado todos os apelos, desabafos e fosse se enchendo com as palavras da gente deste lugar. Um rio que tem vida. Que respira. Que conversa. Rio - cidade. Que nos recebe de braços abertos e nos chama para dividir com ele um pouco do pouco que é a gente.
Por Mariana Musse
A morte do palhaço
Quem animou a tarde de domingo, primeiro dia de Festival, foi o Grupo Gruti, com o espetáculo 'A morte do Palhaço'. A Companhia de Teatro é da cidade de Itinga.
A peça conta a história do palhaço Peroba, que sempre aprontava contra os colegas no circo, até que um dia toda a trupe quis lhe dar uma lição. Através de brincadeiras circenses, os atores mostram a importância da organização comunitária, o papel que cada um desempenha na sociedade e a seriedade no agir coletivo.
Fotos: Sâmia Bechelane
Calorosa abertura do Festeje
Neste domingo, a cidade de Jequitinhonha amanheceu em festa. Um carro de som desde bem cedo já anunciava: era o início do Festeje, Festival de Teatro do Vale do Jequitinhonha. É aqui, na cidade sede do evento que está a Agrutevaje – Associação dos Grupos Teatrais do Vale do Jequitinhonha - organizadora do evento.
Logo ao amanhecer, na tranquila Jequitinhonha, a equipe organizadora do Festeje já trabalhava com os preparativos do evento. Ao meio dia, quando os termômetros já se aproximavam dos 33º, aos poucos, foram surgindo alguns candidatos e grupos culturais para o credenciamento. Com muita animação, a calma cidade ficava cada vez mais movimentada.
A energia da cidade é contagiante e, apesar do calor intenso, a vontade de trabalhar não diminuía. E foi com esse mesmo calor que os jequitinhonhenses receberam os visitantes. O clima de empolgação e receptividade marcou o primeiro dia do Festeje e muitas coisas ainda virão pela frente: teatro, atrações culturais, música, oficinas, cursos, palestras, shows e muita diversão!
Nosso saudoso agradecimento aos anfitriões.
E boas vindas a todos!
Logo ao amanhecer, na tranquila Jequitinhonha, a equipe organizadora do Festeje já trabalhava com os preparativos do evento. Ao meio dia, quando os termômetros já se aproximavam dos 33º, aos poucos, foram surgindo alguns candidatos e grupos culturais para o credenciamento. Com muita animação, a calma cidade ficava cada vez mais movimentada.
A energia da cidade é contagiante e, apesar do calor intenso, a vontade de trabalhar não diminuía. E foi com esse mesmo calor que os jequitinhonhenses receberam os visitantes. O clima de empolgação e receptividade marcou o primeiro dia do Festeje e muitas coisas ainda virão pela frente: teatro, atrações culturais, música, oficinas, cursos, palestras, shows e muita diversão!
Nosso saudoso agradecimento aos anfitriões.
E boas vindas a todos!
Por Alisson Paiva
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