segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Conversa


Foto: Mariana Musse




“Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio”.

Guimarães Rosa


Chegar pela primeira vez e ter a surpreendente sensação de já ter estado, já ter vivido, já ter sentido aquelas águas. Como se na beira daquele rio fosse possível parar o tempo e ouvir histórias sobre tudo que já aconteceu naquelas margens, de quem já navegou, já embarcou, já mergulhou. Como se o rio tivesse escutado todos os apelos, desabafos e fosse se enchendo com as palavras da gente deste lugar. Um rio que tem vida. Que respira. Que conversa. Rio - cidade. Que nos recebe de braços abertos e nos chama para dividir com ele um pouco do pouco que é a gente.
Por Mariana Musse

2 comentários:

  1. COMEÇOU A GRANDE EVENTO DE TEATRO DA REGIÃO...

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  2. mari, que delícia de impressão....as histórias das gentes pela vida e força do rio....tudo nada, como peixe no aquário....bjão do cris

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